CarménèreUvas
66 Comentários

Características do vinho Carménère

CarménèreUvas
66 Comentários

Quando falamos nas características básicas de um vinho Carménère – um dos mais populares no Brasil – é preciso verificarmos uma série de fatores acerca dessa variedade de uva, da família Vitis Vinífera. Então, para saber quais são essas informações e entender ainda mais sobre vinhos, acompanhe nosso artigo, ok?

Carménère: Redescoberta Chilena para o mundo

Antes de mais nada, é preciso fazermos um breve retorno na história deste vinho. A uva Carménère, originada na França, mais precisamente na região de Médoc – que fica em Bordeaux -, foi cultivada por lá até meados do ano de 1860. Aí a história começa a ficar interessante.

  • No final dos 1800, uma praga chamada Filoxera dizimou os vinhedos na Europa, acabando com todas as uvas Carménère daquela região.
  • Foram quase 200 anos de vinhos no mundo sem um Carménère.
  • Enólogos e pesquisadores davam à uva a sentença de extinta.

Mal sabiam que no Chile, as uvas Carménère estavam firmes, fortes e saudáveis, fazendo vinhos como se fossem uvas Merlot!

Por obra do destino, as sementes dessa uva chegaram ao Chile por meio dos imigrantes europeus. Muitas famílias traziam para o país as uvas que costumavam usar em sua terra natal.

Curiosamente, no meio de muitas uvas Merlot plantadas nas áreas da vinícola Viña Carmen, que iniciou os trabalhos no Chile em 1850, havia Carmenérè se passando por Merlot.

A descoberta foi feita em 1994 por um pesquisador francês, que quis entender porque algumas videiras de Merlot estavam ficando maduras antes das outras. O pesquisador fez um estudo genético que identificou a extinta Carménère em meio a outras plantas de Merlot.

Desde então, o Chile abraçou a uva como se fosse sua, e a tornou símbolo da vitivinicultura local. O vinho de Carménère logo alcançou o título de “fênix das uvas“, ressurgindo das cinzas para o paladar de milhares de enófilos em todo o mundo. Pela segunda vez. Os franceses só puderam beber novamente um Carménère graças ao Chile.

O Chile teve e terá papel essencial na história do vinho mundial, sendo palco do renascimento de uma uva francesa no final do século XX.

CURIOSIDADE
Atualmente, o Chile é um dos poucos países do mundo ainda produzindo o Carmènére, tomando-a como a uva emblema do país, como o Malbec é para a Argentina.

Sendo assim, o Chile ficou responsável pela Carménère e a Argentina, pelo Malbec. Ambos usam as uvas para promover o vinho regional. Enaltecendo os nomes Carmènére e Malbec, os dois países divulgam seu produto “vinho” mundo a fora.

E quais são as características básicas de um Carménère?

Bem, chegou aquela horinha que você gosta. Vamos desmontar o Carménère de um jeito que você irá conseguir entender a uva sem se perder no meio do caminho. Assim como fizemos com a Pinot Noir e a Malbec.

Cor da Carménère

Este vinho possui uma tonalidade rubi bem escura apresentando também bordas delicadamente rosadas. Trata-se de uma bebida de cor profunda, uma das principais características dos tintos clássicos.

Podemos lembrar que, geralmente, apresenta cor intensa e é pouco translúcido. Tem características de cores de vinhos mais encorpados como a Cabernet Sauvignon.

Aromas da Carménère

Tradicionalmente, o aroma obtido de um bom Carménère deve ter uma combinação de frutas negras, terra molhada e um toque de pimenta preta. Mas os aromas variam de acordo com a forma de produção do vinho.

Quando este vinho passa pelo processo de envelhecimento em madeira, ele poderá apresentar uma complexidade maior, com aromas que recordam baunilha, chocolate ou tabaco.

Sabor da Carménère

E por falar em sabor, há um fato curioso que ronda as rodas de enófilo. Muitos especialistas afirmam que os sabores da Carménère podem ser comparados como se fosse um “meio termo” entre o Merlot e o Cabernet Sauvignon. Por que?

O vinho carménère e suave ou seco?

Embora os taninos sejam considerados mais suaves (se comparados ao Cabernet Sauvignon), esta uva não apresenta a mesma delicadeza que a Merlot. A Merlot traz uma textura mais encorpada, rugosa. Enquanto a Carménère não tem esse poder de dar uma textura “aveludada” ao vinho.

Mas é sempre importante dizer que para o vinho ser considerado tecnicamente Suave, ele precisa ter um nível de açucar que o deixa, de fato doce. Como vimos nessa incrível postagem demistificando tudo sobre o açucar no vinho.

É importante frisar que a qualidade de sabor do Carménère depende de um fator primordial: o tempo de amadurecimento para o ponto exato da colheita. Caso este tipo de uva seja colhido antes do tempo, isso pode ser uma catástrofe para o vinho e obviamente interferir no sabor obtido.

Caso colhidas precocemente, surgirão aromas de pimentão e de caule cortados em demasia. Chamamos de “aromas herbáceos”. Vale lembrar que esses aromas herbáceos podem ser bons, mas de forma geral, não são agradáveis em Carménère colhido antes do tempo. Isso, por se destacar muito em meio à outros possíveis aromas.

Como se pronuncia Carménère?

Dúvida recorrente entre nossos leitores. Para pronunciar Carménère corretamente, você precisa esquecer o último “e”. Seria algo próximo de “Carmenér”. Mas se você for pronunciar da forma francesa, vai precisar puxar o último “r”, de forma arrastada. Algo próximo de “CarmenérR”. Difícil, hein?

Como harmonizar o Carménère?

De maneira geral, o Carménère harmoniza bem com pratos próximos das harmonizações de Cabernet Sauvignon. Carnes fortes, assadas ou bastante temperadas. Pratos de massas com bastante molho de alta acidez, como molho bolonhesa. Lasagnhas e outros pratos mais “gordos”.

Algumas dicas:

  • Carnes vermelhas magras (sobretudo cortes de filé mignon);
  • Massas com molhos de tomate;
  • Queijos maduros;
  • Frutos do mar (desde que preparados com molhos e/ou especiarias).

Neste último caso, dê preferência para vinhos Carménère de menor valor, mais simples e de menor corpo. Para saber se um Carménère irá bem com frutos do mar, avalie quão translúcido ele é. Se der para ver através da taça, é um bom indicativo.

Se você quiser harmonizá-lo com pratos mais pesados, escolha os mais escuros e mais densos – difícil de ver o outro lado da taça.

Qual o clima ideal para tomar um Carménère?

Mantendo-se fiel às características dos tintos de coloração intensa, este tipo de vinho é mais recomendado para ser servido nas noites de outono e inverno, ou seja, quando a temperatura cai.

Dicas para acertar na hora da compra de um vinho Carménère

Mesmo em meio a uma grande variedade de vinhos Carménère disponíveis nas adegas e supermercados, na hora da compra é interessante priorizar alguns rótulos que se destacam pela qualidade e preço bom.

Por isso, anote aí quais são, não esquecendo que este tipo de uva, quase que em 100% dos casos, serão cultivados no Chile:

  • Casas del Torqui Gran Reserva CarménèreR$88,00;
  • Santa Ema CarménèreR$55,00;
  • Root: 1 CarménèreR$46,00;
  • Casillero del Diablo CarménèreR$40,00;
  • Santa Helena Reservado CarménèreR$40,00;
  • Vinho Travessia Carménère (Concha y Toro)R$30,00.

Nota 1: Os preços foram coletados em Agosto de 2017.
Nota 2: O Brasil tem um único Carménère conhecido pela redação do Vem da Uva, o Fabian Carménère 2013.

Claro que, devido a sua versatilidade, é importante frisar que este tipo de vinho geralmente é indicado para o dia a dia. É uma uva com características mais comuns, sendo difícil encontrar um exemplar de maior complexidade. Porém, quando encontra-se um Carménère superior, é fácil impressionar-se.

Costumo dizer que o Carménère é o parceiro ideal para grandes eventos. Agrada a todos e têm exemplares de ótimo custo benefício no mercado. Portanto, vale levar em conta esta uva quando se quer servir maiores quantidades de vinho. Identifique aquelas mais agradáveis ao seu paladar, fator este que ajuda na hora da escolha.

Qual a taça ideal para tomar um Carménère?

Curiosamente, este tipo de uva não requer um modelo específico de taça. Use as de modelo Bordeux ou as taças mais comuns de vinho. O Carménère não é tão fiel quanto ao tipo de taça como outros vinhos.

Atenção, vale relembrar como servir o vinho, sirva a taça até a metade e proporcione a adequada apreciação do vinho.

Sirva o Carménère em temperatura aproximada a 16º. Não resfrie-o de forma rápida. Se precisar por na geladeira, escolha a cesta de legumes, mais baixa e deixe por mais tempo.

Agora me diga: O que você achou das características básicas de um vinho Carménère? Já ficou empolgado para ir comprar uma garrafa? Para obter ainda mais detalhes sobre este assunto, não deixe de ler um post especial sobre as curiosidades desta uva que escolheu o Chile como país ideal para ser cultivada.

Tags: Carménère, Top 10
Mais Lidos

DEIXE SEU COMENTÁRIO

66 Comentários. Deixe novo

  • Ele caracteriza vinh o seco ou suave?

    Responder
  • Descobri o carménère a uns dois anos. Ele se tornou o meu favorito, venho provando caménère de rotulos que ainda não conheço e a cada degustação me surpreendo ainda mais com estes vinhos.

    Responder
    • Acho que essa variedade tem um potencial pouco explorado ainda fora do campo “comercial”. Vinhos incríveis podem sair de vinhedos de Carménère bem manejados. Mas concordo. Até alguns de consumo ligeiro tem me surpreendido. Ouso dizer que a Carménère pode ser a Pinot do Novo Mundo. Um vinho fácil de beber, se feito na proposta mais jovem, que pode abrir portas pra muitos novos consumidores de vinhos finos no futuro.

      Responder
  • Antonio de Araujo
    29 de set, 2022 23:17h

    Eu era criança e meu avô fazia vinho caseiro.Isto há 78 anos atraz. Aposentado estou me interessando por vinhos. Aprendí muito com estes artigos publicados.Parece que iniciar pelos vinhos carmenere é um bom começo.

    Responder
  • Rodrigo Alves
    26 de jul, 2022 21:36h

    Oi tudo bem!
    Moro no Rio de Janeiro, não sou um especialista em vinhos, mas sou um grande apreciador, gosto de vinhos suaves e gostaria uma sugestão de um vinho chileno suave.

    Responder
  • Rita Almeida
    26 de jul, 2022 21:19h

    Ola! Gosto muito da uva carmenere.. e o meu vinho preferido é o Tarapacá Gran reserva.
    É uma boa escolha?

    Responder
  • Oi, embora more em uma cidade quente, estou descobrindo o vinho, o carmenére estou experimentando, mas são tantas marcas, fico querendo um teor alcoólico menor. Estava na dúvida da pronúncia, você já esclareceu, obrigado.

    Responder
    • Que bom, Marisa!

      Essa questão do teor alcoólico é interessante. A legislação de cada país define o máximo, dentro de cada categoria. Geralmente fica em torno de 12 a 14. Porém quando um vinho é bem feito, o aroma de álcool desaparece. Aqui tá uma dica pra você caçar bons carménère e ir aprendendo um pouquinho também a selecionar bons rótulos! 🙂

      Marcos.

      Responder
  • Érica Rabelo
    19 de mar, 2021 16:54h

    Minha uva preferida! Sou leiga, mas adorei conhecer mais sobre ela, estou passeando pelos post do blog encantada. Os meus preferidos são Unrdurraga -Já provou? e o Casilero. Ainda não pude degustar mais caros rsrsrs

    Responder
  • adorei o texto!
    de facil entendimento e bem explicativo!

    Responder
  • adorei o texto! de facil entendimento e bem explicativo!

    Responder
  • Valéria Saturnino
    6 de out, 2020 22:42h

    Parabéns pelo artigo! Amei! Tomei hoje meu primeiro Carmenere (Santa Helena Reservado 2019) e achei aqui o que senti: cheiro de terra molhada e sabor adocicado de cereja. Uma delícia! Harmonizei com fondue de queijo

    Responder
    • Isso aí Valéria! Sempre digo que pra aprender só na prática. As notas que você percebeu batem sim com Carmènére! Tá ficando boa, hein?! 🙂 🙂 🙂

      Marcos Marcon
      Editor
      Vem da Uva

      Responder
  • PAULO BAVIA NETO
    5 de out, 2020 19:20h

    Sou apenas um iniciante, com costume de tomar vinho toda noite, um pequeno cálice.
    Ainda não aprendi saber no paladar, a identificar a uva do vinho.
    Eu chego lá

    Responder
  • Ótimo vinho, está conquistando a preferência de muitos, ainda bem que a oferta está aumentando Existem muitas marcas e o segredo é encontrar o vinho de seu gosto.

    Responder
    • Concordo Renato! Pra quem gosta ou está começando a gostar de Carménère, a grande vantagem é a grande oferta, mas tem que garimpar bem, mesmo, achar coisas boas no meio de de tanto vinho que é importado só pra fazer dinheiro, sem grandes qualidades.

      Marcos Marcon
      Editor
      Vem da Uva

      Responder
  • Achei esse vinho muito seco e com gosto de amargo

    Responder
    • É Demise, dependendo da qualidade da marca, safra, região onde foi plantada, o resultado pode ser exatamente esse que você descreveu… Que pna que vc não teve uma boa experiência de primeiar :/

      Marcos.
      Editor
      Vem da Uva

      Responder
  • Carmen bardi
    2 de ago, 2020 15:41h

    Adorei os textos . Fácil compreensão . Ajudou bastante.

    Responder
  • GILSON FRANCA GOULART
    15 de jul, 2020 23:02h

    Texto de conhecimento acessível a todos. Casualmemte, tomando um Merlot agora lembrei da Carbenere.
    Hj a temperatura aqui no sul tá entre 7/8°.

    Responder
    • Muito obrigado pela visita e pelo comentário Gilson!
      Essa semana a coisa tá pegando por aqui, né? Um tinto tá vindo a calhar. Aqui em Tubarão/SC chegou a fazer 3 graus na madrugada…

      Marcos.

      Responder
  • maria José s schües
    11 de jul, 2020 16:20h

    Adorei o texto ! Aprendi muito …
    Obrigada

    Responder
  • Virgínia Reschke da Silva Biglia
    3 de jul, 2020 19:19h

    Excelente ! Texto descritivo perfeito! Parabéns!

    Responder
  • Mariley Costa Magalhães Jannuzzelli
    22 de maio, 2020 00:25h

    Assunto extenso esse de vinho. Interessante também. Estou querendo aprender um pouco sobre vinho . Comprei alguns Carmenére chilenos e vim aqui saber o porquê desse nome.Obrigada

    Responder
    • Oi Mariley!

      Acho que você fez uma boa escolha iniciando pelos Carménère. De alguma forma eles se assemelham com Merlots mais jovens. São fácil de beber, demonstram pouco ataque em boca, taninos geralmente domados. É sempre uma boa opção como entrada. Eu prefiro indicar Vinho Pinot Noir: Quais Suas Características Básicas?, mas como é uma uva que não temos muitas ofertas, infelizmente – por serem mais difíceis de se cultivar, o Carménère faz o trabalho com mestria.

      Mais importante o que conhecer a origem e nome, é você começar a compreender as características que apresentamos aqui, traçadas no meio acadêmico, de livros, e ir comparando com o que você realmente percebe enquanto degusta um. Porque existe algo que é fato – cada variedade, cultivada em terroirs diferentes, com o estilo do produtor diferente, com clones diferentes, tudo isso vai influenciar na sua percepção e as vezes não irão bater com o que você tanto leu. Até mesmo de uma safra pra outra um Carménère pode apresentar outras características.

      E esse é o processo de aprendizagem. Mas você está no caminho certo e executando as tarefas que eu considero as mais importantes – ler – beber. É importante antar o vinho e as notas que você conseguiu perceber daquele vinho. Anote principalmente: produtor, ano da safra, e se conseguir, o que o produtor descreveu em rótulo, bate com o que você sentiu enquanto degustou? E disso tudo, o quanto bateu na teoria que você leu em blogs e livros?

      Essa comparação é o que vai fazer voce acumular informações riquíssimas e vai te fazer querer aprender mais sobre coisas essenciais, como terroir, clima, solo, cuidados a produção, etc.

      Boa jornada!
      Marcos Marcon
      Editor
      E se tiver dúvidas específicas, sabe onde me encontrar: marcos@vemdauva.com.br

      Abraço!

      Responder
  • Será que com pizza combina? Abraços

    Responder
    • Com certeza, Thiago. Aliás, é uma ótima harmonização, principalmente com pizzas com molho vermelho e ingredientes como bacon, pepperoni e calabresa (esses embutidos mais gordurosos).

      Pode ir firme que vai ser show!
      Marcos Marcon
      Editor
      Vem da Uva

      Responder
  • guilherme lima
    27 de dez, 2019 14:08h

    ola Marcos,
    não é um comentario é uma pergunta: existe algum carmenere argentino?

    Responder
  • Lucia fernands
    1 de jul, 2019 16:27h

    Adorei sua explicação. Sou leiga sobre vinho , hoje vou saborear esse carmenère. Gostaria de saber mais sobre. Obrigado.

    Responder
  • Dayse Rocha
    4 de jun, 2019 06:59h

    Olá! Provamos um Carmenére ontem e fiquei curiosa , vim pesquisar! Este texto é muito rico em detalhes e muito completo. Parabéns! Meu marido e eu somos apreciadores do vinho e leigos também rs. Gratidão!

    Responder
    • Marcos Marcon
      6 de jun, 2019 02:19h

      Eu quem agradeço, Dayse! Pela visita e por tirar um tempinho pra deixar essas palavras gentis. Continue visitando a gente que em breve sairão novos textos! <3

      Marcos.

      Responder
  • Maria Teresa de Castro Abreu Meirelles Lima
    1 de jun, 2019 17:44h

    Olá Marcos, vou fazer um jantar para meus confrades e gostaria de servir comida síria com o vinho Carménère, o que você acha ???

    Responder
    • Marcos Marcon
      2 de jun, 2019 20:00h

      Acho que você está no caminho, Maria. Carménère com alguma estrutura, de produtores mais artesanais devem alcançar o seu objetivo com maestria. Tente pegar uns Carménère um pouco mais “caro” pra fugir dos muito frutados. Cabernet Sauvignon também vai fluir com sua ideia. Na minha experiência com comida árabe os vinhos precisam ter bastante tanino e acidez. Principalmente se você for servir carne crua em algum prato. Espumante pra entrada também vai. Aliás, espumante brut e kibe cru vão muito bem, na minha opinião 🙂

      Responder
  • Marília Marques Lopes
    29 de abr, 2019 12:02h

    Olá! Fui a uma hamburgueria estilo francesa em PoA. Eles tinham somente vinho carménère para oferecer. Mas acho que foi uma boa combinação…

    Responder
    • Marcos Marcon
      3 de maio, 2019 02:29h

      Hamburger com Carmenère realmente, acho que não tem muito erro, principalmente se for um vinho de safra jovem! 🙂

      Responder
  • Marcos Lopes
    2 de jan, 2019 12:04h

    Não sou um especialista em vinhos, mas eu amo de paixão. Há mais ou menos 1 ano descobri o sabor do Carménère e nunca mais tomei outro vinho, em especial gosto da Vinicula Santa Helena. Adorei o post.

    Responder
  • Estou amando as aulas. Muito obrigada pelas explicações.

    Responder
  • Ricardo Santiago
    19 de dez, 2018 01:05h

    Uma fera, no comentário mandou muito também!!

    Responder
  • Acabei de comprar um e vim aqui correndo para me certificar de como apreciar. Parabéns!

    Responder
  • agnello cerqueira
    3 de jan, 2018 19:37h

    Embora leigo, achei bastante didático o comentário. Aprendi coisas elementares que sobre as quaisnão tinha conhecimento. Parabéns.

    Responder
  • Renato Kioyuki Oiko
    30 de ago, 2017 11:20h

    Olá, Marcos!

    No seu texto “A Merlot traz uma textura mais encorpada, rugosa. Enquanto a Carménère não tem esse poder de dar uma textura “aveludada” ao vinho.” não há uma discrepância ao afirmar que o Merlot tem textura rugosa e depois dizer que o Carmenére não pode ter esta mesma textura do Merlot?
    Veja, sou completo ignorante na arte do vinho.

    Responder
    • Oi Renato!

      Não sei se eu compreendi muito bem o que você quis dizer. Talvez se você levar em conta a frase anterior que você não cita, quando eu digo que “a Carménère não tem a mesma delicadeza que a Merlot” e depois dizer que a Merlot é “rugosa”, aí sim, talvez tenha uma discrepância. Nessa frase, quando eu cito que a Merlot é mais delicada, eu quis me referir a um vinho mais “redondo” do que realmente “delicado”. Poderia ter posto de outra forma pra ficar mais claro, de fato.

      Mas vou tentar colocar em outras palavras pra ver se a gente se encontra, rs:

      A Merlot tem uma textura um pouco mais presente, você sente uma espécie de porosidade na língua. Ela cria uma sensação aveludada. Já a carménere não tem esse poder. Ela é uma uva, ainda que tânica, sem muita experiência tátil, que é o que a Merlot consegue fazer em boca. Digamos que na Merlot você consegue ter uma experiência física, tátil, você sente as características da uva fisicamente na sua boca, a tal porosidade, como se criasse uma espécie de “poeirinha” sobre a língua. A Carménère não tanto. Ela tem os taninos, que podem secar a língua (o que não deixa de ser uma experiência física), mas não tem essa sensação “rugosa” que eu cito na Merlot. Não deixa a língua “aveludada”. Essa era a intenção no texto…

      Consegui ser mais claro?

      Abraço!
      Marcos.

      Responder

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.