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Guia: Como Degustar Vinho Como um Profissional

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(4.86 de 5 baseado em 7 avaliações)

NESTE GUIA VOCÊ IRÁ
APRENDER COMO
DEGUSTAR VINHOS
COMO UM PROFISSIONAL!

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por R$ 19,90!

Escrito para iniciantes no vinho como você!

O Guia de Degustação do Vem da Uva foi criado para iniciantes no mundo do vinho.

De linguagem acessível e com passo a passo explicativo, você irá entender como e por quê prestar atenção em pequenos detalhes durante a avaliação de um vinho.

Vantagens!

Fácil de entender;
Sem linguagem técnica;
Não há necessidade de conhecer vinho previamente;
Acessível para todos os níveis de conhecimento;
Guia com etapas e passo a passo!

O que você irá aprender:

1. Análise Visual

Aqui você vai aprender a identificar a qualidade e se o vinho tem algum defeito através do seu aspecto visual.

2. Análise Olfativa

Aqui você aprenderá a identificar os aromas do vinho e a diferenciar aromas positivos dos que indicam defeitos.

3. Análise Gustativa

A melhor parte: beber. Fecharemos o ciclo e aprenderemos como identificar no paladar os sabores do vinho.

Quer se tornar um expert em vinho?

Os vários tipos de uvas, aromas, cores e
opções no mercado te deixam confuso?

Ou talvez você precise melhorar seus conhecimentos
para vender mais vinhos no seu trabalho?

Ou quer impressionar aquele alguém especial que você
ama tanto com uma boa surpresa em uma noite romântica?

Se Você Respondeu “Sim” Para
Qualquer Uma Das Perguntas Acima…

Você está no lugar certo e nós iremos
te ajudar, veja só:

Você pode aprender a degustar vinhos
como um profissional
mesmo sem ser um
sommelier, eu garanto!

Alguns motivos pra você se juntar aos mais de 2.398 leitores do nosso Guia:

  1. Quer ou precisa melhorar seus conhecimentos para vender mais vinhos no seu trabalho?
  2. Quer impressionar aquele alguém especial que você ama tanto com uma boa surpresa em uma noite romântica?
  3. Estudos comprovam que aprender e acumular conhecimento sobre vinhos é uma ótima forma de reduzir o stress do dia a dia, além de estimular o cérebro e a memória, envolvendo e estimulando os sentidos  da visão, paladar, tato e olfato, assim como a memória afetiva.
  4. Aprenda as principais técnicas e truques utilizados pelos grandes profissionais para identificar e avaliar um vinho de forma fácil e rápida.
  5. Aprenda a indicar vinhos para os amigos, para eventos especiais, para presentear os amigos ou impressionar aquele alguém especial.
  6. E O MAIS IMPORTANTE: Aprenda as dicas, truques e macetes para comprar os vinhos que mais valem a pena no mercado atualmente, com preço justo e os melhores benefícios.

Quem Comprou Gostou!

Pronto para juntar várias dicas sobre vinho e aprender muita coisa em pouco tempo? Oras, eu sempre digo que aprender sobre vinho é fácil, basta gostar muito do assunto e se dedicar.

Principalmente dedicar um tempo a bebê-los (a melhor parte!). Mas é preciso lembrar que aprender sobre vinho exige dedicação, é preciso estudar e estudar, como em tempo de escola ou faculdade. A menos que você queira aprender apenas como hobby.

Ainda assim, eu leio tudo o que aparece na minha frente sobre o assunto. Por isso nós juntamos aqui 7 dicas para aprender sobre vinho. Aposto que você vai gravar, gostar e se divertir muito com esse texto! 🙂

1. Como saber se um vinho tem potencial de guarda ou não?

Para que um vinho tenha potencial de guarda, desde a videira e sua manutenção, tudo tem de estar de acordo com este objetivo. Diz-se de um vinho que está em guarda quando tem uma estrutura sólida, estável e poderosa.

São vinhos caracterizados pela presença de taninos potentes e uma acidez alta, porém harmoniosa, formando o conjunto em equilíbrio.

Beber vinhos, comumente chamados de vinhos do dia a dia (nós, aqui no Vem da Uva, chamamos de “vinhos jovens”, são vinhos com baixo potencial de envelhecimento. Mesmo assim, ainda podem ser vinhos excelentes.

A única maneira real de diferenciá-los é degustar e provar alguns estilos de vinhos diferentes, para que você possa entender e assimilar todo o seu potencial.

Um enólogo, um sommelier ou um consultor de vinhos podem oferecer o potencial exato de envelhecimento de um vinho. Você também pode chegar nesse ponto, é apenas uma das coisas que aprendemos ao estudar vinho.

2. Como harmonizar um vinho com um prato?

Eu poderia escrever um livro sobre harmonizar comida e vinho ou, mais poeticamente, chamado-lo de “casamento entre vinho e comida” para ser o mais claro e breve possível sobre um assunto tão vasto.

Vou falar sobre os dois principais tipos de harmonizações que, para mim, são a base para o casamento, aprende-se isso ao estudar vinho. Mas ó, estou falando de um casamento bem sucedido. Daqui a pouco você vai estar craque e vai aprender sobre vinho sem nem perceber.

Acordos regionais entre um vinho e um prato

Falamos sobre esse tipo de combinação quando combinamos um vinho e um prato da mesma região. É o exemplo perfeito de chucrute e Riesling.

A não competição de aromas entre um vinho e um prato

Um prato e um vinho devem mostrar um ao outro, não competir.

Assim, é preferível evitar um prato perfumado com um vinho perfumado; pelo contrário, um prato simples se harmoniza com um vinho com um buquê desenvolvido, com o objetivo de respeitar os sabores, harmonizá-los para sublimar o todo.

Tabela resumida dos grandes casamentos entre um prato e um vinho

Para queijos, tudo vai depender da família. Aqui está a tabela resumida dos acordos entre queijo e vinho:

Queijo Vinho
Bode Vinho branco seco e mineral
Queijo mole de casca lavada Vinho branco seco
Massa de salsa Vinho branco doce
Massa prensada Vinho tinto claro ou vinho branco seco
Queijo com casca florida Vinho tinto claro

3. Como identificar a origem dos aromas do vinho?

Antes de começar minha verdadeira iniciação para lhe oferecer dicas de vinho, vou te contar uma pequena história.

Eu me faço essa pergunta há muito tempo e sei que muitos leitores também a fazem: de onde vêm os aromas do vinho?

E nós já nos estendamos bastante nesse assunto aqui nesse artigo sobre aromas no vinho, que é um dos preferidos dos nossos leitores. Sim, nós adoramos trazer assuntos pra você com dicas para aprender sobre vinho.

Mas voltando, uvas, é claro, mas não apenas, é por isso que existem três tipos de aromas:

  1. Os aromas primários provenientes da casta e dos terroirs são essencialmente os aromas do primeiro nariz simples a reconhecer, são as notas florais, frutadas e minerais, e assim você vai aprender sobre vinho.
  2. Os aromas secundários provêm de diferentes processos de vinificação, são notas especiadas, amadeiradas e leitosas. Eles são mais complexos e aparecem durante o segundo nariz. Às vezes é difícil identificá-los.
  3. Os aromas terciários são eles devido ao envelhecimento do vinho, veja-o como a fase de refinação dos aromas, são aromas muito complicados de descrever, mas não necessariamente difíceis de encontrar. As notas de café, couro, sílex, tabaco … são as mais representativas, outra ótima dicas de vinho.

Cada variedade de uva tem características e nuances próprias, e uma infinidade de elementos também tem um impacto direto nos aromas, em particular no terroir.

Há uma experiência muito simples e interessante a fazer: comparar um Chardonnay da Borgonha e um Chardonnay do Languedoc; será fácil ver que eles não têm o mesmo perfil aromático.

Na degustação de vinhos, é muito importante comparar para entender as nuances dos gostos , como o terroir e as variedades de uva funcionam … Esta é a melhor maneira de desenvolver o seu paladar.

4. Como ler um rótulo de vinho?

Não existe uma maneira real de ler um rótulo; no entanto, o mundo do vinho é regido por um grande número de regras, incluindo o Decreto de Apelações de Especificações, o rótulo de nossas queridas garrafas.

Existem avisos legais obrigatórios nos rótulos e outros que não são orbigatórios, e muitas vezes, nossas dicas de vinhos tendem a cair exatamente para você poder fugir das malicias comerciais.

As informações obrigatórias são:

  1. A área de produção da denominação , pode ser o dobro se for um vinho que segue as especificações de um lote específico. (AOP Gevrey-Chambertin “1er cru la petite chapelle”, AOP Chambolle-Musigny “1er cru les amoureuses”)
  2. O nome e o endereço do engarrafador são informações que parecem banais, mas permitem detectar os vinhos do comerciante daqueles de proprietários independentes. Um comerciante é uma pessoa ou, muitas vezes, um grupo que compra uvas de viticultores ou então compra vinho para revendê-lo com um nome diferente, às vezes o mesmo vinho é vendido sob vários nomes. O viticultor produz suas uvas e produz seu vinho para vender em seu nome. Observe que existem vinhos muito bons para negociação e muitos comerciantes também têm suas próprias produções. É uma ótima forma para aprender sobre vinho.
  3. O nível de álcool do vinho, o volume do recipiente da garrafa
  4. Menção especial ao ícone/imagem da mulher grávida e de “contém sulfitos”. Como sim, não é recomendável beber durante a gravidez, o álcool passando para o sangue, o menor miligrama de álcool também passa para o sangue do feto.

Menções opcionais fora das especificações:

  1. A safra, o ano, não é obrigatória em um rótulo, exceto se for explicitamente indicado nas especificações.
  2. Logotipos ou nome de castelo diferente
  3. Os prêmios, cor do produto, vinhas velhas.

5. Como degustar um vinho em 3 passos?

O que é degustação? Embora o processo seja simples, parece complexo para muitas pessoas.

Aqui não há espaço para lágrimas, pernas, ou qualquer outra parte de um corpo. Vamos direto ao ponto.

Degustação é três coisas:

1. Primeiro olhar para o vinho, observar

A abordagem visual é usada para analisar a cor, a cor do vinho, sua espessura ou fluidez no copo, basta ver como o vinho evolui no copo para ter uma ideia. Você verá se o vinho é doce ou não, por exemplo. É uma boa primeira indicação.

2. Então cheire, descubra o aroma do vinho

O olfativo, sempre composto pelo primeiro nariz caracterizado pelos aromas primários provenientes diretamente da casta, o segundo nariz onde os aromas secundários e terciários ocorrem progressivamente.

Não hesite em dizer o que sente, muitas vezes você hesita e depois perde o nome das coisas, ninguém jamais conseguiu dar um nome a todos os aromas ao descobrir o vinho, referir-se a famílias numerosas, frutas cítricas, flores, frutas.

3. Finalmente prova e descobre as aromas do vinho

A boca, a conclusão de uma longa espera, durante esta fase é importante desintegrar-se, ou seja, permitir que o vinho oxigenar na boca sugando um pouco o ar, não se trata de gargarejo, isso permitirá que o vinho oxigene um pouco e abra para que você possa detectar totalmente outros aromas, mas isso porque me dediquei muito a estudar vinho.

Você precisará de tempo para comparar os diferentes vinhos, castas e regiões. Mas isso também é vinho, sabendo como levar o seu tempo.

Além da análise sensorial e do paladar, a degustação permite que o vinho conte uma história, sua história, a de seu terroir e seu enólogo. Então deixe sua imaginação e seus sentidos nos guiarem.

6. Compre seu vinho diretamente do produtor

Nada é mais agradável do que comprar seu vinho diretamente do produtor, prová-lo no local e conversar sobre isso com a pessoa que o produziu. Ah, saudades da Serra Gaúcha.

Se isso ainda é possível em muitas regiões vinícolas, é muito menor em outras, como em Bordeaux, por exemplo, onde os Chateau raramente vendem vinho diretamente para os clientes que passam, por isso é bom sempre pegar dicas de vinho com amigos antes de uma viagem, além de sempre estudar vinho.

[su_note note_color=”#d22700″ text_color=”#ffffff” radius=”10″]Cuidado, no entanto, com o encanto mágico que costuma fazer uma visita a uma adega, às vezes transformando um líquido comum em um néctar fabuloso. Depois de chegar em casa com as garrafas, você corre o risco de algumas decepções sérias levadas pela empolgação do momento. Já fui vítima várias vezes, rs.[/su_note]

7. Por quanto tempo eu posso guardar um vinho?

Quando devo beber meus vinhos? Essa pergunta atormenta todos os amadores, ansiosos por abrir a mamadeira da melhor maneira possível.

Além do seu potencial inicial, a vida útil de um vinho depende essencialmente das condições de armazenamento, por isso estamos juntando essas dicas para aprender sobre vinho, e pra isso você precisa estudar vinho.

Em uma adega úmida a 12 ° C constante e completamente escura, os vinhos envelhecem muito mais lentamente do que em uma sala a 15 ° C e um pouco seco.

Portanto, é importante avaliar adequadamente a qualidade da sua adega e verificar regularmente o estado dos frascos armazenados lá.

Não há limite de idade para guardar vinho e algumas garrafas com mais de cem anos ainda mostram juventude incrível.

Também é uma questão de gosto pessoal, se algumas pessoas gostam de vinhos que desenvolvem os aromas terciários de um longo envelhecimento, outras preferem os frutos.

E então, gostou das nossas dicas sobre vinho?

E então, gostou da nossa postagem? Eu espero que sim. Diga pra mim o que você achou nos comentários aí embaixo. Vamos estudar vinho com a gente?

(Crédito da foto de capa: https://www.instagram.com/trotterwine)

Quando o assunto são os aromas do vinho, a conversa pode ficar um tanto quanto polêmica. Há pessoas que simplesmente não acreditam que a gente está sentindo aromas de “frutas vermelhas” ou de “couro”.

Mas eu não posso deixar de entendê-las. Afinal, quantas vezes você já não leu aquelas descrições enormes e super poéticas ou super específicas de um vinho?

Algo como “apresenta notas herbáceas da região ártica do extremo oriente do Afeganistão”. Aí não tem como por credibilidade mesmo, certo?

Até que ponto tudo isso é “esnobe”?

Os aromas e as descrições do vinho não são bobagens. Nós veremos abaixo porque fazemos comparações, como por exemplo, aromas de frutas vermelhas, groselha, tabaco ou tostado.

Porém você precisa ficar esperto e prestar atenção na fonte que está descrevendo o vinho que você está bebendo.

[su_note note_color=”#cf0a00″ text_color=”#f6f6f6″ radius=”10″]CURIOSIDADE
Nenhum aroma é colocado no vinho artificialmente. Não há adição de nenhuma essência ou aroma artificial.[/su_note]

Por exemplo, no famoso aplicativo Vivino, boa parte das reviews são feitas por enófilos recém chegados. Entusiastas da cultura ao redor do vinho.

A coisa pode sair um pouco de mão quando você está muito entusiasmado com o assunto. Então, como confiar na descrição?

Memória olfativa para identificar aromas no vinho

Quando você faz um comparativo como “notas herbáceas de região de clima quente”, você precisa já ter sentido o aroma de “notas herbáceas de região de clima quente” pelo menos uma vez na sua vida.

Esse aroma precisa estar no seu repertório, na sua memória olfativa. É dela que sairão as referência para você descrever os aromas de um vinho.

Aromas no VinhoA verdade é que a gente usa muitas frutas para descrever um vinho.

Sejam as frutas vermelhas, negras (blueberry, cassis), e as vezes, frutas em compotas  (já maduras), como se fossem aromas de geleias.

Também tentamos nos aproximar de cheiros comuns, como tabaco, casca de pão e defumados.

Mas tudo isso não é de graça. Ao contrário das cores, que tem nome, aromas e cheiros não vêm com identificação.

É por isso que aparece a necessidade de usar uma referência de aroma no vinho, ou algo mais próximo a isso. Para que possamos nos expressar quando avaliando um vinho.

É como se a gente colocasse todas essas frutinhas clássicas dentro de uma taça de vinho, como na foto ao lado. Cerejas, amoras, mirtilos, morangos.

Mas esses aromas do vinho vem apenas do processo de vinificação de somente uma fruta: a uva. Sim, eles Vem da Uva! #merchan

Como funcionam as associações de aromas no vinho?

O que acontece, então? Fácil, ninguém vai decorar nome de molécula ou elementos químicos.

Imagina você em uma degustação e alguém dizendo “Humm, esse vinho tem aroma de aldeído 2-furfural”.

Não, a gente vai dizer que ele tem aroma de caramelo, e o responsável por isso é a molécula do aldeído 2-furfural.

Ou seja, procuramos um elemento de senso-comum para que os presentes possam entender de forma fácil o que está sendo sentido ali.

E isso também é muito pessoal. Já ouvi gente que sentiu “aromas de cavalo suado”.

Vai entender! Tudo isso porque o olfato é diferente do sentido visual.

Por exemplo, enxergamos uma cor como ela é. Aquela porta é vermelha.

Não diremos que aquela porta tem cor de maçã madura, porque a cor tem nome, é vermelha. O aroma não.

Por isso somos obrigados a puxar pela memória!

Quais os aromas mais comuns nos vinhos

Os vinhos têm aromas primários, secundários e terciários. Cada um deles aparece em um estágio diferente da produção do vinho.

Eles podem ser simples até ficarem mais complexos e terem nuances mais sutis, sendo difíceis de se detectar.

AROMAS PRIMÁRIOS

São os aromas provenientes da uva, da própria fruta. Exemplos:

  • Morango;
  • Frutas vermelhas;
  • Groselha;
  • Frutas negras;
  • Herbáceo.

AROMAS SECUNDÁRIOS

São aromas provenientes da fermentação e envelhecimento em barris de carvalho. Exemplos:

  • Leite;
  • Iogurte;
  • Fermento;
  • Pão;
  • Chocolate;
  • Tostado.

AROMAS TERCIÁRIOS

Os aromas terciários aparecem com o envelhecimento do vinho na própria garrafa, aparece apenas com o tempo. Exemplos:

  • Noz;
  • Avelã;
  • Flores e frutas secas;
  • Frutas em compota, geleias;
  • Café;
  • Madeira;
  • Especiarias (pimenta, cravo).
[su_note note_color=”#cf0a00″ text_color=”#f6f6f6″ radius=”10″]DICA!
Um vinho que tem “bouquet” é um vinho de guarda que ganhou novos aromas com um tempo repousando dentro da garrafa. Sendo assim, um vinho jovem, sem potencial de guarda, não pode ter bouquet. O bouquet está diretamente ligado aos aromas terciários do vinho.[/su_note]

Nem sempre somos culpados pelos selos de enochatos que recebemos. O processo exige bastante, e termos um pouco mais rebuscados podem começar a aparecer.

Se você quiser aprofundar o seu conhecimentos neste assunto, leia nosso artigo sobre Memória Olfativa.

Já sabe, né? Se ficou dúvida, comenta aqui embaixo ou manda e-mail que eu respondo marcos@vemdauva.com.br.

Entender o que são taninos é algo muito importante para quem quer saber um pouco mais sobre vinhos. É muito comum você encontrar palavras desconhecidas lendo uma avaliação de vinho, o que só dificulta o entendimento.

[su_note note_color=”#d22700″ text_color=”#ffffff” radius=”10″]Simplificando, existem características básicas nessa bebida, principalmente os tintos, então, o tanino no vinho é uma dessas características básicas que você deve aprender.[/su_note]

Você quer entender a avaliação que está lendo ou aquele rótulo de um vinho que parece interesse, certo? São diversas nomenclaturas que só te fazem ficar ainda mais confuso. E você aí, louco pra ter argumentos e um novo dicionário de terminologias sobre vinho pra poder bater papo com confiança e realmente sabendo do que está falando, certo? Então, vamos lá!

Afinal de contas, o que é tanino?

Muita gente fala sobre, mas pouca gente realmente entende o que eles trazem ao vinho ou como senti-los e identificá-los.

O que você vai aprender com este artigo

  • O que é tanino
  • Como identificar o tanino no vinho
  • Qual a importância do tanino no vinho
  • Cuidados para diferenciar taninos de acidez em um vinho
  • O tanino em cada tipo de vinho
  • Como saber se um tanino está verde
  • Se os taninos tem “prazo de validade”
  • Fazer um teste fácil para aprender o que é tanino com chá preto
  • e mais 8 dicas para você aprender o que é tanino sem erros (a 4 e a 7 são as mais importantes!)

Mas é importante que a gente estabeleça algumas observações antes de começarmos.

Embora saber o que este termo significa não seja um pré-requisito para desfrutar de uma boa taça de vinho, conhecê-lo pode ajudar você a entender melhor o que você está bebendo.

Além disso, você vai entender se os taninos influenciam no preço do seu vinho.

Aliás, conhecendo melhor o tanino talvez você consiga até evitar aquela dor de cabeça pós degustação e entender melhor porque ele é tão bem falado.

Pareceu interessante? Então vamos lá.

O que é tanino no vinho tinto?

De-Onde-Vem-o-Tanino-do-Vinho-2

Tanino é um polifenol. Falei difícil? Não precisa se assustar. Basta saber que ele é um composto químico naturalmente encontrado em plantas, sementes, cascas, madeira, folhas e cascas de frutas.

Há também a possibilidade de adição de taninos industriais, ou taninos enológicos, uma prática bastante polêmica, que a gente vai ver um pouco mais a frente.

[su_note note_color=”#cf0a00″ text_color=”#f6f6f6″ radius=”10″]CURIOSIDADE
Até 50% do peso seco das folhas das plantas são, de fato, taninos. No vinho, o tanino acrescenta amargor e adstringência no vinho, que é a sensação de aspereza na boca ou língua. [/su_note]

Vamos entender melhor como os taninos influenciam no sabor do vinho

Para entender melhor, vamos analisar cada papel do tanino no vinho tinto, um por um. As três características básicas são o amargor, a adstringência e a complexidade do vinho.

  • Sabor amargo no vinho

É aquele gostinho amargo e desagradável que você sente no vinho. Muitas vezes ele está ligado a um amargor herbáceo, como se você estivesse mascando um caule verde.

  • Adstringência no vinho

Lembra quando você corria pelo pomar do seu avô e encontrava aquela goiaba ainda verde, mas que parecia deliciosa? O que acontecia depois que você dava a primeira mordida? Uma sensação que meu avô definia como “travando”.

O adstringência é resultado dos taninos, é a sensação que você sente quando morde uma banana verde. Uma sensação realmente de que sua boca está travando, áspera. Por vezes o seu maxilar até contrai involuntariamente.

  • Complexidade no vinho

O tanino adiciona complexidade porque em combinação com outros elementos, dá textura ao vinho. Quando o tanino se encontra com a gordura de um alimento, por exemplo, ele irá formar um terceiro composto, e uma terceira textura.

A própria saliva pode agir com o tanino, dando uma nova sensação em boca. É por isso que vinhos que são bem feitos e com taninos equilibrados, podem ser considerados vinhos gastronômicos. Pela combinação da comida com os taninos (e outros elementos do vinho).

Um vinho com muito tanino pode fazer mal a saúde, como dor de cabeça?

De forma alguma! Aliás, se você estudar um pouco sobre os polifenóis, estes compostos são amigos super íntimos dos taninos, e fazem super bem a saúde.

No caso dos taninos, talvez a única coisa de ruim que eles tragam é aquela boquinha meio roxa no fim da noite. Pra isso, já junte um amigo ou amiga sincera e peça que ela te avise se você não perceber.

Isso acontece mais com vinhos mais tânicos como o Cabernet Sauvignon ou Tannat.

Como identificar o tanino no vinho?

Para identificar a presença de taninos você precisa prestar atenção na sua língua. A sensação da presença de taninos é, geralmente, tátil. Você vai perceber o tanino por causa da textura que o vinho causou em sua boca, e não só pelo gosto.

Os Taninos no Vinho e a Boca Seca

O tanino é o que dá nome ao vinho “seco”, já que ele causa a sensação de boca seca. Na realidade, ele realmente junta-se com a saliva, criando um terceiro composto, diminuindo a quantidade de água na boca.

[su_note note_color=”#cf0a00″ text_color=”#f6f6f6″ radius=”10″]DICA
Quando você der o primeiro gole de vinho, espalhe-o por toda a superfície da sua língua. Ao invés de causar uma salivação intensa nas laterais (característica da acidez), o tanino irá dar uma sensação de secura na boca, talvez uma textura aveludada na língua. Estes são indicativos da existência de tanino naquele vinho. [/su_note]

Pra que serve o tanino no vinho?

Para você entender melhor o tanino, vamos defini-lo como um dos pilares para um bom vinho tinto (enquanto a acidez é um dos pilares para um bom vinho branco).

Triangulo Vinho Pilares Acidez Alcool Taninos

Nós falamos um pouco desse assunto em uma outra postagem, você pode aprender mais sobre o triângulo do vinho aqui. Todo vinho, para ser correto, precisa desses três pilares equilibradíssimos: taninos, acidez e álcool.

Os taninos podem ter um sabor amargo, causando certa estranheza na boca, quando ainda verdes ou em um ponto de maturação ainda não ideal.

Quanto mais “verde”, mais amargo ele será. É daqui que pode vir o sabor herbáceo, de caule esmagado, presente em alguns vinhos.

Além disso, outros elementos do vinho, tais como a doçura, podem mascarar a percepção de amargor.

Você vai sentir o tanino (como amargor ou como riqueza de textura em um vinho) principalmente na parte traseira da sua boca e, porém se a quantidade de tanino no seu vinho for alta, esta sensação pode se prolongar para o interior de suas bochechas e também em suas gengivas.

O que é um vinho tânico?

Dependendo da quantidade e natureza do seu tanino, você pode descrever um vinho tinto como adstringente, firme ou suave. Quando um vinho é muito adstringente, ele vira um vinho “tânico”.

Taninos também atuam como antioxidantes, um ponto muito importante para os produtores de vinho.

Eles ajudam a preservar o líquido dos estragos causados pelo contato com o oxigênio (ar), e essa é a razão fundamental pelos quais tintos tendem a envelhecer mais e melhor do que os brancos, por conterem mais taninos.

Com o envelhecimento do vinho em garrafa, os taninos amadurecem, ficando mais agradáveis ao paladar e mantendo seu vinho fresquinho como novo.

O efeito dos taninos no seu vinho tinto pode ser percebido quando ele interage com determinados alimentos ricos em proteína e gordura (tais como carnes e queijos). Isso ocorre porque os taninos irão se ligar a outras proteínas presentes na sua comida.

Como harmonizar um vinho tânico

Vamos entender melhor. A nossa saliva serve para dissolver proteínas, tornar a deglutição mais fácil. Ela transforma as proteínas em partículas ainda menores.

Os taninos do vinho evitam que isso aconteça, trabalhando de forma contrária, juntando as proteínas, dando mais textura e por consequência um sabor diferente na hora de experimentar algo com vinho.

É dessa forma que harmonizações funcionam! Desta forma, taninos também dão corpo e estrutura ao vinho, adicionando este efeito em sua boca.

O tanino dará ao vinho uma espessura e densidade que não existiria caso eles não estivessem ali.

Alguns vinhos tintos, como Cabernet Sauvignon ou Shiraz, têm mais conteúdo de taninos do que outros (como um Pinot Noir ou Gamay).

Se você se deparar com um vinho de gosto muito tânico, tente acompanha-lo com alguns alimentos gordurosos, como queijo ou carne gorda, uma vez que terá efeito sobre o sabor do vinho, como visto anteriormente.

[su_note note_color=”#e44d52″ text_color=”#f6f6f6″ radius=”10″]DICA
A partir deste conceito, você deve entender uma harmonização de Cabernet Sauvignon com Churrasco, por exemplo. Vinhos tânicos com comida forte, proteica e gordurosa = harmonização certa.[/su_note]

Tanino sozinho não faz vinho.

Cuidados para diferenciar taninos e acidez em um vinho

Os vinhos tintos têm ácidos e taninos, saber diferenciá-los pode não ser tarefa fácil e é um dos maiores erros de quem começa a degustar vinhos.

Quando você não tiver certeza se você está percebendo taninos ou acidez, há uma forma relativamente simples de tirar a prova real.

Tanino ou Acidez

Preste atenção em como sua boca reage depois de ter engolido o vinho. Ácido faz você salivar, a salivação pode começar nas laterais da sua boca, encharcando toda a língua.

Isso acontece porque a saliva é alcalina, e seu corpo começa a produzi-la para que ela neutralize a acidez do vinho.

Já o tanino agirá de forma contrária, deixando sua boca seca.

Porém fique esperto, um bom vinho equilibrado em quantidade e qualidade de taninos faz a tarefa de secar sua boca sem ser agressivo.

Preste atenção no céu da boca e nas suas gengivas. Um vinho equilibrado em tanino não agride a mucosa bucal, a sensação de “seco” vem para equilibrar a experiência sensorial que você está tendo com o vinho e não para “atacar” a sua boca.

Reconhecendo o tanino em cada tipo de vinho e de uva

Todos os vinhos tem tanino. Nos vinhos brancos o teor de taninos é muito mais baixo, quase nulo, mas eles estão lá.

Como vimos, taninos vêm da casca da uva, de sementes e de barricas de carvalho.

Ao contrário de vinhos tintos, vinhos brancos tipicamente não são fermentados com as suas cascas ou sementes, de modo que a extração de tanino nos brancos é bem reduzida, conforme vimos nessa postagem sobre tipos de vinhos.

Mas não fique triste, isso é extremamente positivo! Já que o gosto amargo transmitido pelo tanino poderia ficar bem mais destacado em um vinho branco. Por isso não fermenta-se o vinho branco com casca e semente.

Tanino em Cada Tipo de Vinho

A gente viu que os taninos são importantes para o envelhecimento dos vinhos tintos na garrafa, mas e nos brancos, como fica?

Em vinhos brancos, a capacidade de idade deriva principalmente da acidez, mas também de álcool e extratos da fruta.

E claro, do tempo de barrica do vinho, caso tenha passado por uma, de onde ele pode pegar alguns bons taninos emprestados sem nunca precisar devolver.

Como posso saber se um tanino está verde?

Uvas tintas ainda verdes tendem a produzir vinhos desagradáveis, não apenas por causa de níveis elevados de metoxipirazina (o famoso gosto herbáceo, que em níveis agradáveis pode trazer o aroma de “pimentão verde” em degustações).

Mas também por causa da presença de taninos ainda “verdes” e não maturados adequadamente.

Taça com Pimentao Dentro

Aprenda um pouco mais do motivo pelo qual comparações nos aromas do vinho, como “aroma de pimentão”.

As sementes contribuem com uma quantidade substancial de taninos nos vinhos tintos, e se estes são verdes, tal fato pode afetar diretamente na qualidade do vinho produzido. É aqui que a pesquisa sobre taninos ainda continua na indústria do vinho.

O objetivo é identificar níveis adequados e o estágio de maturação dos compostos fenólicos (taninos), o que daria uma indicação melhor do momento correto para colher uma determinada uva.

Outro objetivo das pesquisas atuais é entender e identificar como os taninos evoluem em cada variedade existente de uva. É por isso que o momento de colheita da uva é extremamente importante. Horas de diferença poderiam significar níveis bem diferentes de taninos.

Os taninos tem “prazo de validade”?

Taninos Estragam ou Passam da ValidadeBem, eles tem sim!

A gente costuma dizer que todo vinho tem uma certa janela de consumo, portanto, nem sempre o vinho velho é melhor, e o tanino é um dos grandes responsáveis por essa janela.

Como já vimos em outras postagens aqui do blog, o vinho tende a “morrer”, ou seja, como organismo vivo e em constante evolução, vai chegar uma hora em que ele vai ficar sem vida.

Os taninos podem ficar tão maduros que procedem para a morte. Portanto, não terão mais efeitos percebíveis sobre o seu vinho.

Faça um teste fácil para aprender o que é tanino

Quer praticar a identificação de taninos em casa sem precisar abrir um vinho? Faça o seguinte teste: Pegue dois saquinhos de chá preto e ferva-os.

Um dos saquinhos você deve deixar na água fervente por 3 minutos a mais que o outro. Agora experimente os dois.

Chá Vinho e Taninos

O chá aquecido pelo tempo certo vai apresentar amargor moderado. O chá que ficou um pouco mais em contato com a água fervente estará com um amargor ainda mais presente e por vezes, desagradável.

Isso acontece poque as características dos taninos ficam mais presentes com um maior tempo de contato com a água em alta temperatura. A sensação de amargor e secura na boca é a ação dos taninos que foram extraídos do chá. Se você ferveu mais, mais taninos foram extraídos.

Outra forma de brincar para reconhecer os taninos é comprar uvas no mercado, pegue as mais verdes e as mais maduras, mastigue bem a casca, você sentirá os taninos bem mais presentes ao morder a casca das uvas ainda verdes.

8 dicas para você aprender o que é tanino sem erro (a 4 e a 7 são as mais importantes!)

  1. Lembre-se, quando você sentir um gosto de banana verde, sensação de que a boca está “travando”, é porque o vinho é tânico;
  2. O tanino causa uma sensação de secura na sua boca, deixando uma textura aveludada em sua língua;
  3. Para diferenciar taninos de acidez, leve em consideração que se o vinho for muito ácido, sua boca produzirá mais saliva. Se salivar muito, é acidez, se a boca secar, são taninos;
  4. Os taninos são importantes em vinhos complexos, ou seja, vinhos de guarda precisam ter muitos taninos, pois eles funcionam como conservantes (antioxidantes) para o seu vinho;
  5. Um vinho tânico pode ser bom ou ruim, dependendo da qualidade dos taninos presentes (verdes ou maturados);
  6. Há pessoas que gostam da sensação de taninos ainda verdes no vinho. Em degustações, essa sensação é comumente descrita como gosto de “caule esmagado”.
  7. A presença de taninos no vinho não é uma exigência para que o vinho tenha qualidade. O gosto é pessoal e só você pode decidir se aquele vinho é bom ou não;
  8. O tanino faz parte de uma tríade do vinho. Geralmente, para considerar um vinho “correto” (e não bom!), você precisa analisar a quantidade e qualidade de taninos, presença de álcool e de acidez. Para saber mais sobre a análise gustativa você pode acessar esse artigo.

Conclusão

E então? Ficou extenso o texto né? Mas eu queria dar um panorama geral do tanino, uma postagem em que você pudesse aprender exatamente tudo.

Sei que é bastante coisa e pode ter ficado dúvidas, portanto fico a disposição para esclarecer a sua.

Entre em contato pelo nosso campo de comentários aqui embaixo. Fique a vontade! Você também pode me escrever em marcos@vemdauva.com.br.

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