Separei essas 14 curiosidades pra você que acabou de se apaixonar pelo Pinot Noir e quer saber tudo o que puder sobre este vinho.

[su_note note_color=”#cf0a00″ text_color=”#f6f6f6″ radius=”10″]VOCÊ SABIA?
A Pinot Noir é uma das uvas mais antigas do mundo. Ela é 1000 anos mais velha que a celebrada Cabernet Sauvignon! [/su_note]

Juntamos 14 curiosidades para você deliciar-se com elas. Vamos a la!

1. Se há bom Chardonnay, há bom Pinot Noir

Chardonnay e Pinot Noir tem um relacionamento muito próximo. Geralmente, em um terroir onde a Chardonnay se dá bem, a Pinot Noir também irá gerar bons vinhos.

A Chardonnay é uma cruza natural entre Pinot Noir e Gouais Blanc, uva atualmente quase extinta no mundo.

Isso explica porque elas caminham juntas, já que compartilham de muitas características genéticas.

É interessante perceber que o mesmo pode-se dizer da Sauvignon Blanc e da Cabernet Sauvignon, que também compartilham características genéticas.

2. Jamais é misturado com outros tintos

Embora poucas pessoas saibam disso, a uva Pinot Noir jamais é misturada com outros vinhos tintos. Não que seja proibido, é apenas indesejado.

O motivo disso é que ela é reconhecidamente delicada, tendo aromas e sabores bem discretos.

Assim, a mistura em vinhos mais encorpados poderia “encobrir” suas características tão particulares.

3. Produz alguns dos vinhos mais caros do mundo

O preço médio de um Pinot Noir só aumenta conforme os anos passam. É uma das uvas mais desejadas por mercados emergentes, como a China.

O preço alto de um Pinot Noir está ligado a complexidade produtiva da uva. Por ser pequena e delicada, o produto final é sempre de quantidade escassa.

Assim, a lei da oferta e da procura acaba aumentando seu valor.

4. Faz parte do Champagne e de bons espumantes

Em virtude da riqueza aromática e frescor próprio, a Pinot Noir é bastante utilizado em espumantes e Champagnes.

Frequentemente, o corte presente nos espumantes de qualidade superior são Pinot Noir e Chardonnay. Perceba que uma das uvas é tinta e outra é branca.

A porcentagem de cada uma vai variar de acordo com o objetivo do enólogo.

5. Um vinho de aposta alta para o produtor

A uva Pinot Noir não é uma das mais fáceis de se cultivar e colher, o que pode tornar-se em um risco alto para o produtor. Porém, quando tem uma ótima safra, tem retorno garantido na qualidade do vinho.

Pinot Noir é uva difícil para produtor

Essa variedade de uva oferece os melhores resultados apenas em climas frescos.

Qualquer variação de temperatura, altitude e exposição aos raios solares podem influenciar no cultivo da uva Pinot Noir.

Além disso, o cultivo dessa uva e o processo de vinificação exige alto nível de conhecimento por parte da equipe envolvida, do plantio até a vinificação.

6. A Pinot Noir é 1000 anos mais velha que a Cabernet Sauvignon

Registros históricos mostram que a Pinot Noir tem origem milenar. Ela entra no ranking das mais antigas uvas do mundo, junto com a Muscat Blanc, Timorasso e Gouais Blanc.

De acordo com pesquisadores, esta uva é cultivada há mais de 2.000 anos. Já era consumida pelos romanos, franceses e até mesmo pelos egípcios.

7. Os vinhos de origem francesa ainda têm destaque

Países como Brasil, Chile, Estados Unidos, Nova Zelândia e Argentina começam agora a se destacar na produção de Pinot Noir.

Os franceses ainda mantêm a liderança em virtude da tradição da região de origem desta uva, a Borgonha.

Os vinhos da região da Borgonha costumam ter um valor um pouco mais elevado se comparado ao de outras regiões.

Porém, se você quiser degustar um bom Pinot Noir sem medo, vá de francês.

8. Detém o título mítico de “vinho elegante”

O Pinot Noir acabou ganhando fama de um vinho diferente, e com razão. Por ter características tão únicas, ele acaba sendo nomeado como a “rainha das tintas” em algumas literaturas.

O vinho vindo dessa uva é delicado, refrescante, aromático e de fácil paladar.

[su_note note_color=”#cf0a00″ text_color=”#f6f6f6″ radius=”10″]DICA
Ao contrário de outros vinhos tintos, pode ser consumido um pouco abaixo dos 16 graus.[/su_note]

9. Uma garrafa pode custar de 50 a 20.000 reais

Em virtude dos avanços tecnológicos e técnicas de aperfeiçoamento, muitos produtores conseguem oferecer um Pinot Noir de qualidade e preço justo.

Elas geralmente variam entre 50 e 200 reais a garrafa.

No entanto, algumas vinícolas francesas conseguem ir além. Com maior tradição, a depender da safra e do alto grau de qualidade, o vinho pode custar bem caro.

Além disso, os vinhateiros adicionam um senso de exclusividade, já que a produção é pequena e finita. Nesses casos, uma garrafa pode custar a “bagatela” de 20 mil reais.

10. A taça pode fazer toda diferença

Para você que quer beber um Pinot Noir no melhor estilo possível, a taça pode ser fundamental. Ele é um dos poucos vinhos tintos que pedem por uma taça especial.

Taça para Pinot Noir
A taça da direita é a mais indicada para beber o Pinot Noir.

A melhor taça para se beber um Pinot Noir é a taça de modelo Borgonha, exatamente o nome da região que a deixou famosa.

Aí, você pode me perguntar, “a taça faz tanta diferença assim”? Não muita, mas faz.

Como o Pinot é um vinho extremamente aromático, o bojo mais largo faz com que o vinho tenha mais contato com ar, liberando os aromas de forma fácil.

Na foto ao lado, a taça da direita é a mais indicada.

11. A harmonização perfeita precisa ser clássica

É um vinho bastante versátil e pode ser harmonizado com diversos tipos de pratos. Porém, a combinação ideal do Pinot Noir se estabelece com pratos da culinária clássica francesa.

Bons exemplos de harmonização:

Boeuf Borguignon

É difícil separar a culinária clássica francesa de um bom Pinot Noir, já que ambos nasceram e cresceram juntos. Foram feitos um para o outro.

Ainda assim, pode-se harmonizar o Pinot Noir com alguns peixes como o salmão e o atum (nunca peixes brancos).

Queijos cremosos como brie, frango, legumes cozidos, saladas e algumas sopas.

[su_note note_color=”#cf0a00″ text_color=”#f6f6f6″ radius=”10″]DICA!
O Pinot não casa bem com molhos fortes, nem com embutidos, lasanhas e massas ao molho de tomate. [/su_note]

12. O Pinot Noir argentino é mais leve

Embora as famosas vinícolas argentinas estejam iniciando a produção de bons vinhos Pinot Noir, ainda há limitações.

Os melhores exemplares argentinos estão na região da Patagônia, devido ao clima mais ameno, a região se comporta bem na produção de Pinot Noir.

É importante frisar que devido às condições climáticas do país, esses vinhos apresentam um pouco mais de açúcar.

Geralmente, tem corpo menor e são vinhos para consumo ligeiro (pouco tempo de guarda).

13. O Brasil faz um Pinot Noir incrível

Sim, o Brasil. Esta é uma das curiosidades mais incríveis. Alguns exemplares nacionais do Pinot Noir não deixam a desejar em nada se comparados a grandes Pinot Noir da Borgonha.

Algumas regiões do Brasil, como a Serra Catarinense, tem clima e geografia similar à Borgonha. Isso ajuda na produção de vinhos similares.

A complexidade de vinhos com potencial de guarda lembram e muito os grandes Pinot Noir da Borgonha. Por vezes, pode até enganar os melhores experts em degustações às cegas.

14. Harmonização de pratos com cogumelos

Uma das curiosidades que chamam a atenção quando se começa a conhecer melhor o Pinot Noir é sua harmonização.

A grande referência são os sabores terrosos, por isso cogumelos harmonizam muito bem com este vinho, como vimos com os exemplos de Boeuf Bourguignon e o Coq Au Vin.

Vegetais – principalmente os que são raízes – podem ser ótimos acompanhamentos para pratos harmonizados com um Pinot Noir.

Ficou curioso pra aprender mais sobre o Pinot Noir?

E então, o que achou dessas curiosidades sobre o vinho Pinot Noir? Pronto para escolher e aproveitar a próxima garrafa de Pinot Noir?

Compartilhe comigo suas experiências e fique de olho nas próximas dicas do nosso site. Qualquer coisa, já sabe. Só enviar um e-mail: marcos@vemdauva.com.br.

Respostas de 10

  1. Excelente texto, especialmente por ser claro e direto, dispensando os termos “cabalísticos” dos ENOCHATOS !!! Adoro os bons Pinot Noirs, especialmente 3 me marcaram : RICHEBOURG, GRANDS ÉCHÉZEAUX e LA TÂCHE.

    1. Claudio, e se um dia tu pegar uns termos muito enochatos, pode puxar a orelha que a gente diminui a babação! rs. Já vi pelas tuas preferências que só gostas de coisa BOA. Vou sugerir o Pinot da Quinta da Neve 2011, aqui da Serra Catarinense, pra você provar e depois contar pra gente o que achou em comparação com esses da Borgonha que são seus preferidos!

      Abraço!
      Marcos.

  2. Adorei as informações, aprecio vinhos e sou uma curiosa em uvas, sempre tentando aprender sobre elas e confesso que me surpreendi sabendo que no Brasil já se produz essa uva. Que maravilha!
    Obrigada. Grande Abraço!

    1. Obrigado Leonice!

      Sim, temos alguns Pinot já com bastante destaque. Eu gosto muito do Pinot Noir da Quinta da Neve, de São Joaquim. Vale a pena. A safra que tomei é a 2011.

      Abraço!
      Marcos.

  3. Olá, Marcos! Gostei muito de sua página. Aprecio muito vinhos tintos, secos sempre. Minha dúvida é: o Pinot Noir é um vinho seco? Experimentei um e não gostei, ao ler o rótulo descobri que era Demi-sec!

  4. Ótimo texto! Comprei uma garrafa de pinot noir e percebi ser mais leve do que normalmente bebo. Então fui buscar uma explicação!! Muito obrigada!!

    1. Oi Débora! Muito obrigado, fico feliz em te proporcionar uma leitura gostosa e aprendizagem sobre a Pinot. O interessante é que ela é a uva principal de Borgonha, e geralmente os vinhos de lá tem uma característica completamente diferente dos do Novo Mundo. O que mais se aproxima dos franceses nacionais, ao meu ver, é o Quinta da Neve Pinot Noir. Tem algo sobre ele aqui: https://www.decanter.com.br/quinta-da-neve-pinot-noir-2011-750ml

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